segunda-feira, 25 de julho de 2016

o ar agora não há

vazio, puro
se não - só
completamente sem espaço.
não há liberdade sem respeito.
mel o dia
melodramática,
sem fim.

começo sem pensar,
e assim
tropeço.
faço, refaço, desfaço, quando vejo
não vi, e agora só vejo um nó
treme, aperta,
esfacela
destrói com mentira e desperdiça sem ver
o seu
tempo.
arde, dói em mim demais.

não tenho direito de ficar triste,
se onde estou cheguei com meus passos
paço.
basta?

nãonãonãonãonãonão




domingo, 26 de abril de 2015

posso

impossível enumerar as loucuras de uma jovem sem juízo que resolveu tratar a vida
com puro mel
e prazer.
Reparei durante dias em seu semblante solto ao entardecer de um paraíso. Chegar à vida universitária foi a consagração da sua liberdade, a constatação de que é possível se entregar ao tempo, a todo e qualquer conhecimento sem que haja impedimento.
veja os sóis que entregam sorrisos à novos seres encantadores. sem ao menos lhe pedirem um só
beijo.
toda a minha lembrança é opaca. tem um véu entre eu e
ela.
um véu branco que me diz o suficiente sobre as suas intenções neste mundo material.
eu me fixo e absorto
observo
absorvo.
percebo quem te faz companhia força o caminho para outro espaço
que só permite
ver e passar
tal estrela
em um céu
preto
negro
escuro
sem luar.
não,
desisti de jogar palavras à ela.
palavras em vão.
na verdade desisti de todas as palavras
desisti de riscar para mim. de tentar preencher os espaços das formas que a vida me oferecia
agora não há,
nem razão ou emoção,
que me faça jurar
tal amor
por tal alma.

perdi toda a minha razão.
fui culpado, escolhi ao repetir o erro de abdicar do pão oferecido
vinho e pão
agora não há.

Livro. Ajo livre para que minhas articulações flutuem.

e a novidade se concretize ao infinito para todo o meu redor

se pudesse te mostrar a imagem que construi de nós dois.
fundi.
e em cores
azul de mim, vermelho de tua boca e de tuas flores envolvido pelo seu amarelo e envolvido pelo verde das matas

domingo, 19 de abril de 2015

reverter

meu traço torto não significa mãos imprecisas
mas céu confuso.
sou seu ser sem meu próprio tempo.
pelo segredo, sem sussurros, revelo:
minhas pretensões queriam tomar conta do mundo.
e perceba, nem amar eu sei. equivocado! cada traço, cada palavra que por aventura um dia poderia servir,  alimentar, dar entendimento - se escondia ou era morta pelo meu
ego
ode ao ego. morte.
radicalizo, retorno ao posto em que nunca estive para poder costurar tudo aquilo que o tempo me fez perder.
não o tempo exatamente. mas tudo que me ocupei sem preocupar com o que poderia ser.
preocupando-me excessivamente com o que pode ser. como ser. ter.
expectativas sem objetivos definidos,  mas até então só
suposição
a minha posição, além da rima
ou da dança
é encher toda a esperança
que o sorriso preciso da
princesa desconhecida
me alegra
em noite perdida.


a vulnerabilidade do fim

sábado, 24 de janeiro de 2015

esqueça-me
sem laços papel ou qualquer plano que deseje pintar
eu não desejo estar
só espero ser
sem aguardo
prefiro explodir
com tudo que sinto
dentro
e fora
de

virever

sempre antes de ir eu sofro de vontade
é que dentro, há algo que me confude, já é assim
e talvez, de forma estranha, seja modelada por meus pensamentos.
eu não quero esperar algo de alguém,  somente pondo os olhos
eu imagino
sem verdadeiramente ver.
gostaria de falar com o tom de ave, que exercita sua liberdade em asas
construo asas em minhas palavras.
-
eu queria ter você. não naquele exato momento, onde tudo me confundiu.
toda habilidade flutua e dança.
eu entendo quem sou e que
-
só podia vê-la
suavemente desenhar toda a beleza do mundo
vontade de olhar atentamente
até que fosse consumido pela certeza que valeria a pena ter um beijo seu.
eu não analisava, não incorporava.
ela me via sem eu entender.

no resto não havia a mínima excitação.
eu só queria uma única pessoa e não a roubei
a observei

eu gostaria de explicar a minha confusão, as minhas mordidas espontâneas mas que machucam, a minha dor de cotovelo e de dente, gostaria de ser suficiente e intimista para reconhecer o quão frágil eu sou tal qual aquele pobre coitado,
e eu não sou um pobre coitado, não posso me entender como um porque eu não sou, nunca fui.
isso não foi ofertado a mim. Se por 'acaso' me reconhecer assim, não será diferente disso que serei

ser
ei
Serei Rei.

Em minha mente, quem manda sou eu.
Eu me entrego a quem eu quiser, e a quem me quiser também.
e assim completamente nós iremos viver

Eu escolho ser assim.

Mas porque não tens cautela ao atravessar a rua, mas dentro de outras circunstâncias,
onde não existe ego,
tremes?

é isso, será?
consideras importante manter-te intacto, sem dó, mas frágil.
interesso-me sem perder o tom.
Eu não quero planos, nem panos para cobrir minhas vontades.
eu quero saber revelar e espalhar
inteirar-me
inteiramente
deito-me no chão
sem chão
há em mim aquilo tudo de céu em seu devido lugar
há completa confusão, invasão de todos você em mim.
sem escolher ninguém
virei corrente de fluxo, tudo passava por mim, e nada em mim ficava
havia turbulência violência e não havia perdão
eu não gosto eu não faço eu não dou nem devo satisfazer

a mim?

entendo que falo cuspindo
e ninguém entende,
porque eu não entendo o que eu falo
eu só falo, sem entender
entende?
como se quem mandassem fosse outros
outrora as palavras, mas não mais

até
agora
eu vi
mas não vivi,
vi que de ti
tive enfim
um fim.
matou
a vontade que
em mim
cuidava.
sim
matou.
por causa de um beijo ruim, de outra pessoa em você,
fez de mim
calabouço

calado estive, não nasci, permaneci.
estático, no centro do caos, captava, incapaz ou antena de fluxo
falo baixo
não falo.
não quero mais nada de ninguém
estou mal, e espero, simplesmente que dentro de mim
algo se resolva
resolva
resolva
sai
sai
sai

sair


sábado, 8 de novembro de 2014

o título nem sempre é uma farsa

eu simplesmente
não consigo respirar
da euforia pra agonia
irritação tranquilidade plena
harmonia
não habita
um curto espaço entre o bom e som
"o sol é o homem mais importante"
é um destino ter que desbravar,
de alguma forma
algum mar
seja em sonho
amor
calor ou
ar) dor
eu não me contento com os desenhos das palavras
dos textos. quando penso de vez
eu eu mesmo, não eu-lírico
não respira. é tudo uma explosão, uma inquietude que desencadeia toda forma de vibração
a energia,
sabe, dissipa...
eu entendo, quando dizem que preciso correr.
é por uma esperança no desespero do corpo.


acho que só respiro quando espero os pássaros

6 meses

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

sobre a razão

é difícil me referir a ela
quando não há.
esbanja despresença
não criou muda
o mundo
a simples forma com que você me olha, não é simplesmente uma forma de coragem (e aceito), é que aguardo de você um certo perfume de confiança, sim, assiste-me ao olhar com a admiração, que mistura com alguns objetos indecifráveis do tempo, como aquelas oportunidades que surgem discretamente conforme o seu sorriso abre as portas do universo. eu estou no que sinto, afinal de contas, é um desprezo com a vida transformar guerra em fogo e não aproveitar e
amassar o pão à paz.
pra você entender o que eu tenho visto: hoje um ente, que nasceu no meu pesadelo, cruzou a fronteira e como sopro fez explodir todo o ódio em gritos e a cólera tomou conta de todo o ambiente.
o ar pesou.
pedi licença,
cortei verduras e
alimentos
misturei
sentimentos para então
com meus pensamentos
e ritmo
fazer amor.
é meu sonho, fazer você
se alimentar
do meu amor
sem pensar
sem estar em meu sonho,
sem precisar de resposta, explicação
confio contemplo e em tempo templo entendo
você

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ouça

ignore

eu não sei medir paixão
quando encontro com olhares
percebo que não existe a verdade explicativa
em alguns assisto mais à vida,
e assim eu admiro, me entrego à uma ideia,
não completamente, não chego a avançar
além dos pensamentos.
nem sempre, as vezes é a vibração
que a gente capta.
mas o que eu sinto
transforma em musa
aquela que se escora na cadeira,
entregue ao sono e outras vontades alheias
que mesmo assim
permite manter a sua graça.
o charme existe nas pessoas que entendem de -
outro meio diferente da beleza, do
carisma
até mesmo da
fé.
eu tenho fortes tendencias a falar com intimidade das coisas,
de mim,
é assim
que sempre
a poesia, que pede tempo,
mostra-se
pra mim



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

vontades e escolhas

ao silêncio
do a (r)
mar
difícil saber
falar
ser simples
e narrar
tirar
t
o
d
a
emoção, entende? a liberdade
virá de outra forma
é outra coisa
acaba
pára
nasce