quarta-feira, 1 de maio de 2013

só dava mesmo pra ver uma ponta de luz, longe.
incomunicável, assim ficou, sentado, derrotado, a noite como algoz.
no meio a uma rua estranha e sem nome, a uma hora dessas todos se guardavam e lá estava 1, olhos fixos num além próprio, só, sem trilha. uns latidos e gritos de bruxas o despertaram em um novo ambiente. a sua solidão reduziu-se à uma sala tão escura quanto o céu anterior. minutos se passaram, o soar ritmado de um relógio servia para alimentar as angústias de seu coração. acendeu a lanterna. havia um livro, não conseguia ler. jogou na parede. sentiu-se mal, vomitou. o que havia bebido? não se sentia bem, era como se a claustro fosse uma escolha. correu, correu, correu e pegou o livro, abriu e uma música, vinda do infinito, começou a tocar. havia uma porta, estava trancada. tirou a chave do bolso e saiu na praia. desejou pedalar e subiu na bicicleta. partiu, fugindo dos ventos e passou a rir. entendeu que de alguma forma suas vontades estavam rompendo com a realidade e materializando-se imediatamente. e assim foi, pedalando pelo mar. coberto pela lua e as tantas constelações

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