segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem ou Sem nada

Degola-me pai. Tire de mim esta falta de sentido.
Em um box, água na mente, chorando por erros cometidos, desejos não alcançados.
Mata-me sem aviso prévio, num pleno ato de misericórdia.

Raul dissera que pra cada pecado existe um perdão.

Foi mesmo eu que atrai tudo isto para mim?
Eu que pedi?
Independência incômoda.
Ausência de um colo. De uma mão que segure minhas lágrimas.
Lágrimas de sofrimento.
Gerado pelo auto-respeito em baixa?

Em alguns momentos fico angustiado em pensar na construção e continuidade de todo este sistema nocivo.
Daqui a alguns anos meus músculos estarão desgastados. Não terei mais forças para sorrir.
Morrer para que não chegue este momento? ou sorrir por agora tudo o que posso?

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